Brasil
Idoso de 82 anos desaparece ao sair andando de casa de repouso na Grande SP
José Paulo de Moraes tem alzheimer e está desaparecido desde terça (16). Câmera de segurança registrou o momento em que o idoso sai da clínica a pé em Ibiúna.

Um idoso de 82 anos está desaparecido desde terça-feira (16), quando saiu da Casa de Repouso Grande Harmonia Seicho-no-iê, na Estrada Vicinal, em Ibiúna, Grande São Paulo.
Segundo a família, José Paulo de Moraes tem alzheimer e gosta muito de andar. Os filhos acreditam que ele tenha se afastado para outras cidades da região.
A Casa de Repouso registrou boletim de ocorrência pelo desaparecimento e a polícia faz buscas. A família também diz que vai registrar outro boletim para apurar possível negligência da casa.
Uma câmera de segurança da Casa registrou o momento em que o idoso sai pelo mato, ao lado de uma guarita, quando um carro entra pelo portão da clínica, às 15h21 do dia 16
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Setores metalúrgico e pesqueiro lideram exportações do Ceará aos EUA e podem ser os mais atingidos por tarifa de Trump

O Ceará exportou cerca de R$ 3 bilhões para os Estados Unidos entre janeiro e maio de 2025, consolidando o país como principal destino das vendas internacionais do estado. Os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) mostram que dois setores concentram a maior parte dos embarques: a indústria metalúrgica e a cadeia pesqueira. Uma nova tarifa de 50%, anunciada por Donald Trump e com previsão de entrada em vigor em agosto, pode afetar diretamente esses segmentos.
Os produtos semimanufaturados de outras ligas de aço lideram a pauta exportadora, somando R$ 1,3 bilhão em valor e 341 mil toneladas embarcadas. Em seguida, vêm outros produtos de ferro ou aços não ligados, que movimentaram R$ 1 bilhão e 336 mil toneladas. Juntos, esses dois grupos respondem por mais de 75% de tudo que o Ceará exportou para os EUA no período. Com a nova tarifa, o aumento de custo para o comprador americano pode inviabilizar contratos e diminuir drasticamente a demanda.
O terceiro item mais exportado foi peixe, com R$ 90 milhões em vendas e 1,6 mil toneladas. O setor pesqueiro e a carcinicultura (cultivo de camarões), bastante ativos no litoral cearense, são altamente dependentes do mercado americano. Como produtos perecíveis, peixes e camarões têm pouca margem para redirecionamento rápido a outros destinos, o que agrava a vulnerabilidade do setor frente a medidas comerciais abruptas.
Outros produtos também presentes na pauta, embora em menor escala, incluem sucos (R$ 83 milhões), ceras vegetais (R$ 62 milhões), castanha de caju (R$ 60 milhões) e calçados de borracha ou plástico, com apenas R$ 1 milhão exportado. Esses segmentos podem sofrer menos com a nova tarifa, tanto pelo volume menor, quanto pela maior flexibilidade logística ou por já operarem em mercados diversos.
A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) acompanha com preocupação os desdobramentos. A entidade já iniciou articulações com o governo federal e com empresas exportadoras para buscar alternativas. A principal estratégia em discussão é a diversificação de mercados, com foco na União Europeia, países asiáticos e Oriente Médio — regiões que já mantêm relações comerciais com o Ceará, mas ainda com menor participação.
O governo brasileiro também monitora o caso e aguarda a publicação oficial da lista de produtos tarifados. O Itamaraty não descarta acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC), mas a prioridade, segundo integrantes da equipe econômica, é buscar uma solução diplomática antes de adotar medidas retaliatórias. Entidades do setor privado, como a Abag e a CNI, reforçaram esse apelo.
Para o economista Ricardo Viana, o impacto é grave não apenas pelo valor das exportações, mas pela dependência setorial que o Ceará desenvolveu em relação ao mercado norte-americano. “É um risco de concentração. O estado precisa proteger suas cadeias produtivas e investir em acordos bilaterais próprios”, alerta. Ele destaca que as perdas podem afetar emprego e arrecadação em regiões como o entorno do Porto do Pecém e o litoral oeste.
Enquanto isso, empresas cearenses começam a revisar contratos, adiar embarques futuros e acelerar estudos logísticos para ampliar a atuação em outros continentes. Com a tarifa prevista para agosto, o tempo é curto para adaptação. Analistas preveem queda significativa nos embarques cearenses aos EUA no segundo semestre de 2025, caso a tarifa seja mantida.
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Júnior Mano nega envolvimento direto em esquema de desvio de emendas e diz confiar na Justiça
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Turista estrangeiro cai em golpe de R$ 3 mil ao comprar caipirinha em Copacabana

Um ambulante foi preso em flagrante no último sábado (21) após aplicar um golpe de R$ 3 mil em um turista estrangeiro na orla de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro. O homem vendia caipirinhas de forma irregular quando induziu a vítima a realizar múltiplas tentativas de pagamento com cartão. A cada “falha” simulada na maquininha, um novo valor era descontado. O turista só percebeu o prejuízo mais tarde, ao checar o extrato.
Segundo a Polícia Civil, o autor do golpe foi identificado como Júlio César de Almeida Barreto. Ele foi detido por agentes da 12ª DP (Copacabana), mas estava acompanhado de um comparsa, que conseguiu fugir. O segundo suspeito já foi identificado, mas segue foragido. A dupla teria se aproveitado do movimento intenso na praia e da distração da vítima para concluir as transações sem levantar suspeitas imediatas.
O golpe escancarou, mais uma vez, a fragilidade da fiscalização nas praias cariocas. A venda de bebidas alcoólicas por ambulantes irregulares não é novidade em Copacabana, mas a ousadia no valor cobrado chamou atenção. O turista pagou o equivalente a um jantar de luxo por uma única caipirinha vendida sem autorização sanitária ou comercial. A cena, infelizmente, não é isolada — turistas seguem sendo alvos fáceis em um dos principais cartões-postais do país.
A prisão preventiva do ambulante já foi decretada. Ele deve responder por furto qualificado mediante fraude, crime que pode resultar em pena de até oito anos de prisão. A polícia agora investiga se há outros envolvidos em esquema semelhante atuando na região. A suspeita é que esses golpes sejam articulados entre pequenos grupos que operam informalmente e se aproveitam da alta temporada para lucrar com crimes silenciosos.
O caso gerou indignação entre moradores e comerciantes regulares, que cobram medidas mais rígidas para coibir a ação de estelionatários nas praias. Para eles, a falta de fiscalização afeta tanto a imagem da cidade quanto a segurança dos próprios trabalhadores honestos. Já para turistas, o episódio serve de alerta: nem tudo o que parece inofensivo à beira-mar vem sem armadilha.
A Delegacia de Copacabana segue com as investigações e reforçou o pedido para que vítimas de casos semelhantes compareçam à unidade policial. A prática de fraudes com maquininhas de cartão tem sido recorrente em pontos turísticos do Rio, principalmente durante fins de semana e feriados. Enquanto isso, o golpe da caipirinha deixa mais uma marca na reputação de uma cidade que deveria brindar visitantes com hospitalidade — e não com prejuízo.