Politica
Lira sinaliza ao STF que não deve instalar CPI do Judiciário
Segundo interlocutores, a Câmara vai focar no grupo de trabalho sobre o foro privilegiado e as prerrogativas dos parlamentares

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sinalizou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não deve instalar a CPI do Judiciário.
Segundo interlocutores, a Câmara vai focar no grupo de trabalho sobre o foro privilegiado e as prerrogativas dos parlamentares – tema que divide Câmara e STF.
A Câmara analisa propostas para restringir ou acabar com o foro privilegiado, enquanto o STF analisa ampliar o alcance do foro.
O Supremo já formou maioria de votos para ampliar a regra do foro privilegiado para julgar políticos na Corte mesmo após o fim dos mandatos – mas o julgamento voltou a ser suspenso por um pedido de vista do ministro André Mendonça. O prazo para devolver o tema à pauta é de 90 dias.
O artigo 146 do regimento do Congresso é claro ao estabelecer que a CPIs não podem investigar decisões do Judiciário. “Não se admitirá comissão parlamentar de inquérito sobre matérias pertinentes às atribuições do Poder Judiciário”, diz a regra.
No contexto de uma possível CPI do Judiciário, Moraes visitou Lira nesta quarta-feira (17), em uma articulação conversada previamente com o presidente do STF, Luís Roberto Barroso.
Lira anunciou na reunião de líderes da terça-feira (16) que iria dar prioridade às pautas da oposição após o governo Lula demitir um primo seu da superintendência do Incra em Alagoas.
Como parte da retaliação, anunciou a instalação de cinco novas CPIs – entre elas, a de Abuso de Autoridade do Judiciário.
Parlamentares ouvidos pelo blog avaliam que Lira pode desistir de instalar essa CPI para não se isolar. Lira tem adotado postura mais amenas com o Judiciário quando comparado com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
Aliados de do presidente da Câmara avaliam que pode não ser estratégico comprar briga com os outros dois poderes ao mesmo tempo.
O que andará de toda forma será o grupo de trabalho das prerrogativas parlamentares que pretende blindar deputados e senadores. Esse tema une oposição e base – e contou com o beneplácito até de José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara.
Brasil
Lula veta aumento do número de deputados federais
Brasil
Barroso reage a tarifação de Trump e defende democracia brasileira em carta pública

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, divulgou neste domingo (13) uma carta pública criticando a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A medida, que deve entrar em vigor a partir de 1º de agosto, foi justificada pelo governo norte-americano como uma resposta a supostas violações à liberdade de expressão e perseguições políticas no Brasil.
Na carta, Barroso afirma que as sanções anunciadas pelos Estados Unidos são “infundadas” e baseadas em uma “compreensão imprecisa dos fatos ocorridos no país nos últimos anos”. O ministro também rejeita a narrativa de que há repressão institucional no Brasil e afirma que os processos julgados pelo STF seguem rigorosamente a Constituição e o devido processo legal. “No Brasil, não se persegue ninguém. Todos têm direito à ampla defesa, ao contraditório e ao julgamento justo, com base em provas”, escreveu.
Barroso destacou que a atuação do STF se dá em um ambiente de liberdade democrática e que “as redes sociais operam livremente” no país. Ele reforçou que a Corte tem sido alvo de desinformação e ataques, especialmente após as eleições de 2022, mas que tem mantido sua independência e compromisso com os valores democráticos. “A liberdade de expressão é um valor fundamental da democracia. O que não se admite é o uso dessa liberdade para promover ódio, violência e ataques às instituições”, acrescentou.
O ministro também relembrou episódios considerados graves, como a tentativa de invasão da sede da Polícia Federal, ataques com explosivos contra prédios públicos e ameaças ao sistema eleitoral. Segundo ele, esses acontecimentos evidenciam a necessidade de uma resposta institucional firme. “A democracia não pode ser cúmplice da destruição de si mesma. Proteger a democracia, em momentos críticos, é papel do Judiciário.”
A carta de Barroso recebeu apoio de outras autoridades do sistema de Justiça. A presidente do Superior Tribunal Militar (STM), ministra Maria Elizabeth Rocha, classificou a manifestação do ministro como “firme e corajosa” e elogiou a defesa da soberania nacional e das instituições democráticas. Outros membros do Judiciário também se posicionaram em defesa do STF e da atuação da Corte nos últimos anos.
A decisão de Trump de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros gerou reações também no campo político. O governo brasileiro, por meio da equipe econômica e do Ministério das Relações Exteriores, informou que prepara uma resposta diplomática e comercial ao anúncio dos Estados Unidos. Medidas de reciprocidade e acionamento de organismos internacionais estão sendo avaliados.
A justificativa do governo americano para a tarifa está relacionada ao tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro e a seus aliados. O entorno de Trump alega que há uma perseguição política em curso no Brasil, o que Barroso contesta. Em sua carta, ele reitera que “nenhum país democrático deve aceitar que pressões externas interfiram na independência de seus poderes”.
A carta também destaca que o Brasil é uma democracia constitucional com eleições livres, imprensa atuante e instituições que funcionam regularmente. Barroso frisou que “não há espaço para retrocessos” e que o STF continuará exercendo seu papel de guardião da Constituição “com responsabilidade, equilíbrio e coragem institucional”.
A cobrança anunciada por Trump se soma a outras tensões comerciais e diplomáticas entre os dois países nos últimos meses. A expectativa é que o tema seja tratado com prioridade pelo governo federal, que busca evitar impactos maiores na balança comercial e proteger setores estratégicos da economia brasileira.
Politica
José Airton reafirma apoio à Defensoria Pública em reunião com entidades nacionais

O deputado federal José Airton (PT-CE) recebeu, nesta semana, em seu gabinete na Câmara dos Deputados, representantes da Associação das Defensoras e dos Defensores Públicos do Estado do Ceará (ADPEC), da Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos (ANADEP) e de entidades regionais da categoria. O encontro teve como objetivo discutir pautas legislativas de interesse da Defensoria Pública, com foco especial nos Projetos de Lei 1610 e 1663, que tramitam atualmente na Comissão de Finanças e Tributação.
A reunião contou com a presença de nomes importantes da categoria, como Kelviane de Assunção Ferreira Barros, presidente eleita da ADPEC para o biênio 2025/2026, Fernanda Fernandes, presidente da ANADEP, Karine Silva, assessora da entidade, e Letícia Gibbon, representante da Associação das Defensoras e Defensores Públicos do Estado de Goiás. O grupo buscou apoio parlamentar para o avanço dos projetos que tratam do fortalecimento estrutural e orçamentário da Defensoria Pública em todo o país.
Durante o diálogo, o deputado José Airton reafirmou seu compromisso com a valorização das instituições que atuam em defesa dos direitos da população mais vulnerável. Para ele, a Defensoria Pública é peça essencial na promoção da justiça social, especialmente nas regiões em que o acesso à Justiça ainda é desigual. “Seguimos abertos ao diálogo e empenhados no fortalecimento das instituições que defendem quem mais precisa”, declarou o parlamentar.
Os Projetos de Lei 1610/2022 e 1663/2022 são de autoria da própria Defensoria Pública da União e têm como foco ampliar a autonomia funcional e administrativa do órgão, bem como garantir melhores condições de trabalho para defensoras e defensores em todo o território nacional. A tramitação nas comissões exige articulação política, e o apoio de parlamentares como José Airton tem sido considerado fundamental pelas entidades.
Com trajetória marcada pela defesa dos direitos humanos, José Airton é reconhecido por sua atuação voltada às causas sociais, especialmente no Nordeste. Ao longo de seu mandato, tem se posicionado de forma firme em pautas que envolvem justiça, equidade e combate à desigualdade, mantendo diálogo constante com movimentos sociais, categorias profissionais e órgãos públicos.
A visita das entidades também representou um gesto de reconhecimento ao histórico de parceria do deputado com a Defensoria Pública. “É importante termos parlamentares que escutam, acolhem e atuam com responsabilidade frente às necessidades da população atendida pela Defensoria”, destacou Fernanda Fernandes, presidente da ANADEP, ao final do encontro.
Além da pauta legislativa, o grupo compartilhou preocupações sobre a estruturação da Defensoria nos estados, a necessidade de maior investimento na interiorização dos serviços e a valorização da carreira. José Airton se comprometeu a seguir acompanhando de perto a tramitação dos projetos e a dialogar com os demais colegas da Comissão de Finanças e Tributação em favor das propostas.
A reunião reafirma o papel do deputado cearense como ponte entre as demandas sociais e o parlamento, fortalecendo o papel da Defensoria Pública como garantidora do acesso à justiça para todos. Para José Airton, esse é um compromisso que ultrapassa bandeiras partidárias e expressa a essência de um mandato popular.
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