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Dia do livro infantil – especial por regiões: Nordeste

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No nosso Nordeste, a literatura infantil é um espaço de resistência e reinvenção. Rosa Morena, escritora cearense de Itapipoca, exemplifica essa força criativa. Sua trajetória é marcada por uma arte que transborda em diversas formas — palavras, pincéis, sensibilidade. É no olhar das crianças que ela encontra seu ponto de partida mais puro.

Autora de Bilbo, o macaquinho, Rosa apresenta a história de um pequeno macaco que, após perder seu cipó preferido, se vê diante da necessidade de recomeçar. A obra, ilustrada por Ed Júnior, é delicada, divertida e cheia de movimento — e oferece às crianças uma metáfora sobre flexibilidade e superação. Bilbo aprende que os desafios não encerram caminhos: eles inauguram novos.

Escrito durante os meses mais incertos da pandemia, o livro carrega uma camada de resiliência. Rosa Morena, artista múltipla que também atua com pintura, poesia e projetos culturais, escreveu Bilbo como quem estende a mão para o futuro. O resultado é uma narrativa que não subestima a infância, mas a celebra como lugar de potência criativa, mesmo diante do inesperado.

Na matéria anterior, falamos de Cabelo de Estrelas de @anaabreuescritora , uma história onde a beleza da infância permanece viva mesmo em meio ao tratamento do câncer. Já em Bilbo, o macaquinho, Rosa Morena reforça, com leveza, a capacidade das crianças de seguir em frente e encontrar novas formas de viver quando algo muda. Em comum, os dois livros revelam que a literatura infantil pode ser esse solo fértil onde a esperança cresce — e onde a criança continua sendo ela mesma, com coragem, imaginação e encanto.

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