Brasil
Mulher fez selfie com idoso dias antes de levá-lo a banco
Érika de Souza Vieira Nunes foi presa em flagrante por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver após tentar fazer morto assinar documento para sacar empréstimo.

A defesa da dona de casa Erika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, presa em flagrante ao levar o tio morto para sacar R$ 17 mil de um empréstimo em um banco na última terça-feira (16), entrou com um pedido de habeas corpus nesta quinta-feira (18), na 2ª Vara Criminal de Bangu, solicitando a revogação da prisão.
Os advogados da mulher querem que ela responda em liberdade durante as investigações. O pedido ainda será analisado pela Justiça.
Os advogados da mulher sustentam que “a prisão preventiva não é justa” porque Erika “sempre se pautou na honestidade e no trabalho”.
No pedido de habeas corpus, a defesa destacou ainda que “não existem mais fundamentos para a manutenção da prisão” da dona de casa, “uma vez que os indícios se baseiam apenas em um clamor público de que Erika havia levado um cadáver até o banco para tentar aplicar um golpe do empréstimo, o que não é verdade”.
Tivemos acesso a fotos em que Paulo Roberto Braga, de 68 anos, tio de Erika, aparece vivo internado com pneumonia na UPA de Bangu. Na última segunda-feira (15), ele recebeu alta da unidade. A partir de então, a sobrinha peregrinou com ele por financeiras a fim de obter empréstimos e sacar dinheiro.
Prisão preventiva
No começo da tarde desta quinta, a juíza Rachel Assad da Cunha manteve na audiência de custódia a prisão de Erika, que disse ser sobrinha e cuidadora de Paulo Roberto Braga, de 68 anos. Érika responde por vilipêndio de cadáver e por tentativa de furto, após pedir para o tio morto assinar um documento na frente de atendentes do banco para que fosse possível sacar dinheiro de um empréstimo.
Em sua decisão, a juíza Rachel Assad da Cunha definiu a ação como “repugnante e macabra”, e converteu a prisão em flagrante em preventiva.
A magistrada sustentou que a situação não se resume a definir o exato momento da morte, mas, sim, pela situação vexatória à qual o idoso estava sendo exposto.
“A questão é definir se o idoso, naquelas condições, mesmo que vivo estivesse, poderia expressar a sua vontade. Se já estava morto, por óbvio, não seria possível. Mas ainda que vivo estivesse, era notório que não tinha condições de expressar vontade alguma, estando em total estado de incapacidade.”
A defesa de Érika diz que o idoso chegou vivo ao banco. O caso é investigado pela 34ª DP (Bangu).

Brasil
Dia do livro infantil – especial por regiões: Norte

Do Norte do Brasil surge uma das vozes mais promissoras da literatura infantil: Airton Souza, de Marabá (PA), vencedor de um concurso internacional com o livro A chuvinha que não queria molhar ninguém, uma obra que convida à reconexão com aquilo que é essencial — a natureza. Em páginas carregadas de afeto, o autor constrói uma história em que a cumplicidade entre o ser humano e o meio ambiente não é apenas pano de fundo, mas personagem viva.
A narrativa apresenta uma chuvinha sensível ao ritmo das pessoas, que tenta não atrapalhar o dia de ninguém. Com delicadeza e imaginação, Airton transforma esse gesto em metáfora, revelando que a natureza não está fora, distante ou silenciada — ela pulsa em cada gesto simples, em cada sensação que atravessa a infância.
Ao escrever, o autor costura imagens que despertam a escuta, o cuidado e a presença — valores que, tantas vezes, a pressa da vida adulta apaga. Sua vitória é mais que um prêmio: é o reconhecimento da força poética que nasce nas margens do Brasil e alcança o mundo.
Brasil
Dia do livro infantil – especial por regiões: Centro-oeste

Se crescer já não é fácil, imagine crescer ouvindo que o seu cabelo é “ruim”. Foi com essa inquietação que a jornalista Neusa Baptista – Mato Grosso – escreveu Cabelo Ruim? – A história de três meninas aprendendo a se aceitar. Lançado pela editora Tanta Tinta, o livro nos conduz pela história de Tatá, Bia e Ritinha — três amigas que se reconhecem na dor, mas também na descoberta da beleza que sempre esteve ali.
A narrativa é leve, mas carrega peso: o das palavras que ferem, o dos olhares enviesados, o dos padrões que tentam moldar infâncias negras desde cedo. Mas o que poderia ser sobre dor, se transforma em força. E, talvez, mais do que transformar, a autora fortalece o que já estava ali: o direito de ser criança com orgulho da própria história.
A obra ganhou vida também fora das páginas. Foi distribuída em escolas de Mato Grosso através do Projeto Pixaim, da CUFA-MT, e virou peça de teatro. Porque histórias como essa precisam ecoar, ocupar espaços, formar repertório.
Na última matéria, falamos sobre Bilbo, o macaquinho, de Rosa Morena, uma obra que, com sensibilidade e leveza, aborda como o pequeno macaco enfrenta as mudanças inesperadas e aprende a se adaptar a novos caminhos. Agora, seguimos para o Centro-Oeste com uma obra que também explora os desafios da infância, mas com um foco na construção da autoestima e na força das amizades, mostrando como as crianças podem enfrentar as mudanças da vida com coragem e união.
Brasil
Dia do livro infantil – especial por regiões: Nordeste

No nosso Nordeste, a literatura infantil é um espaço de resistência e reinvenção. Rosa Morena, escritora cearense de Itapipoca, exemplifica essa força criativa. Sua trajetória é marcada por uma arte que transborda em diversas formas — palavras, pincéis, sensibilidade. É no olhar das crianças que ela encontra seu ponto de partida mais puro.
Autora de Bilbo, o macaquinho, Rosa apresenta a história de um pequeno macaco que, após perder seu cipó preferido, se vê diante da necessidade de recomeçar. A obra, ilustrada por Ed Júnior, é delicada, divertida e cheia de movimento — e oferece às crianças uma metáfora sobre flexibilidade e superação. Bilbo aprende que os desafios não encerram caminhos: eles inauguram novos.
Escrito durante os meses mais incertos da pandemia, o livro carrega uma camada de resiliência. Rosa Morena, artista múltipla que também atua com pintura, poesia e projetos culturais, escreveu Bilbo como quem estende a mão para o futuro. O resultado é uma narrativa que não subestima a infância, mas a celebra como lugar de potência criativa, mesmo diante do inesperado.
Na matéria anterior, falamos de Cabelo de Estrelas de @anaabreuescritora , uma história onde a beleza da infância permanece viva mesmo em meio ao tratamento do câncer. Já em Bilbo, o macaquinho, Rosa Morena reforça, com leveza, a capacidade das crianças de seguir em frente e encontrar novas formas de viver quando algo muda. Em comum, os dois livros revelam que a literatura infantil pode ser esse solo fértil onde a esperança cresce — e onde a criança continua sendo ela mesma, com coragem, imaginação e encanto.
-
Destaque6 horas atrás
O Papa se vai, a mudança fica
-
Brasil6 horas atrás
Dia do livro infantil – especial por regiões: Sudeste
-
Brasil6 horas atrás
Dia do livro infantil – especial por regiões: Nordeste
-
Brasil6 horas atrás
Dia do livro infantil – especial por regiões: Norte
-
Brasil6 horas atrás
Dia do livro infantil – especial por regiões: Sul
-
Brasil6 horas atrás
Dia do livro infantil – especial por regiões: Centro-oeste