Brasil
Turista estrangeiro cai em golpe de R$ 3 mil ao comprar caipirinha em Copacabana
Um ambulante foi preso em flagrante no último sábado (21) após aplicar um golpe de R$ 3 mil em um turista estrangeiro na orla de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro. O homem vendia caipirinhas de forma irregular quando induziu a vítima a realizar múltiplas tentativas de pagamento com cartão. A cada “falha” simulada na maquininha, um novo valor era descontado. O turista só percebeu o prejuízo mais tarde, ao checar o extrato.
Segundo a Polícia Civil, o autor do golpe foi identificado como Júlio César de Almeida Barreto. Ele foi detido por agentes da 12ª DP (Copacabana), mas estava acompanhado de um comparsa, que conseguiu fugir. O segundo suspeito já foi identificado, mas segue foragido. A dupla teria se aproveitado do movimento intenso na praia e da distração da vítima para concluir as transações sem levantar suspeitas imediatas.
O golpe escancarou, mais uma vez, a fragilidade da fiscalização nas praias cariocas. A venda de bebidas alcoólicas por ambulantes irregulares não é novidade em Copacabana, mas a ousadia no valor cobrado chamou atenção. O turista pagou o equivalente a um jantar de luxo por uma única caipirinha vendida sem autorização sanitária ou comercial. A cena, infelizmente, não é isolada — turistas seguem sendo alvos fáceis em um dos principais cartões-postais do país.
A prisão preventiva do ambulante já foi decretada. Ele deve responder por furto qualificado mediante fraude, crime que pode resultar em pena de até oito anos de prisão. A polícia agora investiga se há outros envolvidos em esquema semelhante atuando na região. A suspeita é que esses golpes sejam articulados entre pequenos grupos que operam informalmente e se aproveitam da alta temporada para lucrar com crimes silenciosos.
O caso gerou indignação entre moradores e comerciantes regulares, que cobram medidas mais rígidas para coibir a ação de estelionatários nas praias. Para eles, a falta de fiscalização afeta tanto a imagem da cidade quanto a segurança dos próprios trabalhadores honestos. Já para turistas, o episódio serve de alerta: nem tudo o que parece inofensivo à beira-mar vem sem armadilha.
A Delegacia de Copacabana segue com as investigações e reforçou o pedido para que vítimas de casos semelhantes compareçam à unidade policial. A prática de fraudes com maquininhas de cartão tem sido recorrente em pontos turísticos do Rio, principalmente durante fins de semana e feriados. Enquanto isso, o golpe da caipirinha deixa mais uma marca na reputação de uma cidade que deveria brindar visitantes com hospitalidade — e não com prejuízo.