Saúde
Outubro Rosa: câncer de mama também exige atenção à saúde bucal
 
																								
												
												
											O mês de outubro é marcado pelo Outubro Rosa, campanha dedicada à conscientização e à prevenção do câncer de mama. Segundo o Ministério da Saúde, em 2025, o Brasil deve registrar 73.610 novos casos da doença. Embora o foco da mobilização seja o diagnóstico precoce e o tratamento, o tema também chama atenção para os impactos que o câncer pode causar em outras partes do corpo, entre eles a saúde bucal.
As principais maneiras de tratar o câncer de mama, a quimioterapia, a radioterapia e a terapia hormonal, podem provocar diferentes efeitos colaterais na boca de uma paciente. Uma das principais reações é a baixa produção de saliva, que sem sua presença, deixa as gengivas e os dentes menos protegidos contra bactérias e mais propensos a desenvolver infecções e cáries. Estas sequelas ainda podem ser acompanhadas de úlceras na boca e sangramentos na gengiva.
“O tratamento oncológico, apesar de essencial, costuma comprometer o sistema imunológico e afetar tecidos sensíveis da cavidade oral. O paciente passa a ter maior vulnerabilidade a inflamações e infecções, o que pode prejudicar sua qualidade de vida e até interferir na continuidade do tratamento”, explica o cirurgião-dentista Davi Cunha.
Além disso, mesmo após o término do tratamento, pacientes que enfrentaram o câncer de mama costumam apresentar maior predisposição a inflamações gengivais e doenças periodontais. Isso acontece porque os medicamentos utilizados podem alterar a microbiota da boca e reduzir a imunidade local, deixando gengivas e tecidos orais mais suscetíveis a infecções e sensibilidade.
Nesse sentido, é importante manter uma rotina de cuidados diários para reduzir esses riscos. Medidas simples, como hidratação constante, ajudam na produção de saliva, e ter uma escovação suave acompanhada do uso de enxaguante bucal colaboram em evitar a sensibilidade na gengiva e proteger contra infecções. Também é necessário ter o acompanhamento constante de especialista, com o objetivo de fazer uma checagem na saúde bucal e auxiliar em casos mais extremos.
“Durante o tratamento do câncer, o dentista tem um papel importante na prevenção e no alívio de desconfortos que podem comprometer a alimentação e o bem-estar. Além de atuar na parte clínica, ele também orienta sobre os cuidados diários mais seguros para cada fase do tratamento”, complementa o especialista.
Neste Outubro Rosa, além da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, o alerta se estende à importância de um olhar multidisciplinar para a saúde da mulher. O acompanhamento conjunto entre oncologistas e dentistas é essencial para garantir bem-estar, qualidade de vida e um tratamento mais seguro e eficaz.
Brasil
Anvisa libera uso do Mounjaro como tratamento para obesidade
 
														A Anvisa aprovou nesta segunda-feira (9) o uso do Mounjaro no Brasil como tratamento para obesidade e sobrepeso. O medicamento, originalmente usado no controle do diabetes tipo 2, agora pode ser receitado a adultos com IMC acima de 30, ou acima de 27 se houver doenças associadas, como hipertensão e colesterol alto. A decisão foi publicada no Diário Oficial e marca uma nova fase na corrida pelos remédios injetáveis que prometem perda de peso sem cirurgia.
Com aplicação semanal via caneta, o Mounjaro atua em dois hormônios — GLP-1 e GIP — e tem se mostrado mais eficaz que o Ozempic e o Wegovy, concorrentes da mesma classe. Em estudos clínicos, a versão de 15mg levou pacientes a perderem até 22,5% do peso corporal. Isso significa que alguém com 80kg pode emagrecer 18kg em pouco mais de um ano.
Atualmente, o produto já está disponível em farmácias brasileiras nas doses de 2,5mg e 5mg, com preços que variam entre R$ 1.400 e R$ 2.300 por caneta. A fabricante, no entanto, oferece um programa de descontos chamado “Lilly Melhor Para Você”, que reduz os valores e facilita o acesso à medicação.
A Anvisa alerta que o Mounjaro não é indicado para uso estético e que seu uso exige acompanhamento médico rigoroso, aliado a mudanças reais no estilo de vida. Náuseas, desconfortos gastrointestinais e hipoglicemia são efeitos colaterais comuns.
Brasil
MPSP investiga “auxílio iPhone” de até R$ 22 mil para procuradores municipais de São Paulo
 
														O Ministério Público de São Paulo abriu investigação sobre possíveis irregularidades no chamado “auxílio iPhone”, concedido a procuradores do município. O benefício permite reembolsos de até R$ 22 mil para a compra de celulares, notebooks e outros eletrônicos de uso pessoal.
O valor é reembolsado mediante apresentação de nota fiscal e pode ser solicitado a cada três anos. A medida tem gerado questionamentos sobre o uso de recursos públicos para custear itens considerados de uso individual e não necessariamente ligados à função pública.
Na última sexta-feira (16), o MP encaminhou um ofício à Procuradoria Geral do Município de São Paulo (PGM-SP), cobrando explicações. O órgão quer saber qual a base legal para o pagamento, quais atos normativos autorizam o auxílio e qual é a fundamentação usada para justificar o benefício.
A investigação levanta dúvidas sobre a transparência e a razoabilidade da medida. Afinal, o que justifica um reembolso tão alto para eletrônicos pessoais em pleno serviço público?

 
				 
																	
																															 
			 
											 
											 
											 
											