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Cultura

Morre Paulo Limaverde – Ícone da Rádio Clube 1200

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Nota de Falecimento – Paulo Limaverde Ícone da Rádio Clube 1200 e do rádio cearense

Faleceu nesta terça-feira (17), aos 85 anos, o jornalista e radialista Paulo Limaverde, internado no Hospital São Mateus, em Fortaleza. Ele veio a óbito em decorrência de pneumonia e complicações cardíacas.

O velório aconteceu 13h de hoje, na Funerária Ternura, no bairro Aldeota. A missa de corpo presente acontece foi 19h, e o corpo foi posteriormente cremado em cerimônia reservada à família.

Paulo Limaverde foi um dos grandes nomes da Rádio Clube 1200, onde construiu uma trajetória de décadas, marcada pelo talento, ironia refinada, domínio da palavra e grande popularidade. Ele foi um dos principais nomes das radiofonias dramáticas — as inesquecíveis rádio novelas —, que marcaram época e tocaram gerações de ouvintes cearenses. A comunicação estava em seu sangue: seu pai, José Limaverde, também foi referência na rádio, apresentando o histórico programa “Hora da Saudade”, imortalizado pelo bordão “Coisaaas que o tempo levou”. O irmão de Paulo, Narcélio Limaverde, foi igualmente um comunicador de peso.

Além da Rádio Clube, Paulo atuou na Rádio AM do O POVO (atual O POVO CBN), Rádio Verdes Mares (Verdinha AM), Ceará Rádio Clube, TV Globo, TV Ceará – Canal 2 (quando afiliada à Rede Tupi) e TV Rádio Clube de Teresina. No impresso, assinou colunas diárias nos jornais O Estado e O POVO.

Entre seus bordões mais marcantes está o irreverente e enérgico “Bota, Seu Paulo bota!”, que se tornou sua assinatura no rádio e símbolo de sua presença vibrante no ar.

Em 2008, Paulo se apresentava assim em seu blog pessoal:

> “Paulo Limaverde nasceu em Fortaleza no dia 16 de Dezembro, na Avenida do Imperador — portanto uma rua antes e um dia depois do Tasso Jereissati, já que ele nasceu no dia 15 e na Avenida Tristão Gonçalves. É jornalista profissional, acumulando as funções de radialista aposentado pelas desilusões. Atualmente pratica o jornalismo internacional e aproveita os espaços para escrever um livro que já está em fase de impressão e que se intitula ‘…de Mathias Beck a Tasso Jereissati’. É casado e pai de quatro filhos — dois homens e duas mulheres — todos já encaminhados e sem terem caído na vida de radialista e jornalista. É avô e adora praticar este esporte da velhice…”

Com sua voz firme, crítica afiada e presença marcante, Paulo Limaverde deixa um legado inesquecível para a comunicação cearense.

A Rádio Clube 1200 presta esta homenagem a quem foi, por tantos anos, uma de suas vozes mais autênticas e inesquecíveis.

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Cultura

Rádio lidera ranking de credibilidade entre os brasileiros

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Em meio à avalanche de desinformação que circula diariamente nos meios digitais, o rádio segue firme como o veículo de comunicação mais confiável para os brasileiros. É o que aponta a pesquisa Credibilidade das Mídias, realizada pela agência de inteligência Ponto Map em parceria com a V-Tracker. Segundo o levantamento, 81% da população considera o rádio uma fonte confiável de informação.

Mesmo sendo superado em alcance por outras mídias, como a TV por assinatura e sites de notícias, o rádio lidera o ranking de credibilidade, com uma diferença de seis pontos em relação ao segundo colocado. A confiança nesse meio é resultado de uma relação histórica entre o rádio e a população brasileira.

Em entrevista ao 85+, a presidente da Associação Cearense de Rádio e Televisão (Acert), Cármen Lúcia, comentou sobre esse laço construído ao longo do tempo. “A primeira transmissão de rádio no Brasil aconteceu durante a comemoração dos 100 anos da independência. Desde então, o rádio passou a ser visto como uma ponte segura entre a informação e o povo”, afirmou.

Essa tradição se reflete também no consumo de produções em áudio. De acordo com o estudo Inside Rádio 2024, da Kantar IBOPE Media, 91% dos brasileiros escutam algum tipo de conteúdo em áudio — seja por AM, FM, streaming ou podcasts.

“O rádio tem uma característica única: ele faz parte da rotina das pessoas de forma próxima e acessível. Está no carro, no celular, no trabalho e em casa. Ele dialoga diretamente com o ouvinte e mantém o compromisso de informar, entreter e prestar serviço com responsabilidade”, reforçou Cármen durante a conversa.

Em um cenário cada vez mais marcado por excesso de informações e notícias falsas, o rádio se mantém como um porto seguro. A proximidade com o público e a facilidade de acesso fazem dele um elo essencial entre a informação e a sociedade.

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Cultura

Fagner apresenta show “Eu Canto” em Fortaleza no dia 25 de julho

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Raimundo Fagner está de volta à sua terra natal para mais um reencontro com o público cearense. No dia 25 de julho, o cantor apresenta o show “Eu Canto”, no Iguatemi Hall, em Fortaleza. A apresentação promete um formato mais intimista, com canções que marcaram gerações e reforçam a identidade poética do artista, como “Canteiros”, “Borbulhas de Amor” e “Espumas ao Vento”.

Os ingressos estarão disponíveis a partir do dia 2 de julho, às 12h, no site ingresse.com e na bilheteria do próprio Iguatemi Hall. Os setores e valores ainda não foram divulgados, mas a expectativa é alta, considerando o histórico de casa cheia em shows anteriores de Fagner. Para os fãs, o conselho é garantir os ingressos o quanto antes — o cantor costuma atrair um público fiel, de diferentes gerações.

O show em Fortaleza faz parte da turnê comemorativa dos 50 anos de carreira do artista, que teve início em 2023 e se estende por diversas capitais brasileiras. No repertório, além dos sucessos consagrados, Fagner inclui músicas do disco mais recente, “Além Desse Futuro”, lançado com a proposta de atualizar sua sonoridade sem abrir mão da essência nordestina.

Em entrevista recente à revista NewMag, Fagner relembrou os desafios que enfrentou ao deixar de ser um artista “cult” para se tornar popular. “Levei porrada ao me tornar popular”, afirmou. Segundo ele, a decisão de dialogar com o grande público nunca significou abrir mão da qualidade artística — pelo contrário, foi uma forma de afirmar sua autonomia criativa dentro da indústria da música brasileira.

Aos 74 anos, Fagner continua atual. Na mesma entrevista, ele comentou sobre colaborações recentes com nomes como Xande de Pilares, Leo Russo e João Gomes, além de sua visão crítica sobre os impactos da inteligência artificial e a polarização política no país. Mesmo diante das transformações tecnológicas e sociais, o artista segue se reinventando, sem perder o vínculo com suas origens.

Fortaleza, portanto, não receberá apenas um show — mas um capítulo vivo da história da música popular brasileira. Com voz marcante e letras que atravessam o tempo, Fagner transforma cada apresentação em um ato de resistência cultural e celebração da memória afetiva do Nordeste. O Iguatemi Hall deve se transformar em um grande coral, onde cada espectador terá a chance de cantar junto com o artista que é símbolo do Ceará.

O evento também reafirma a relevância do artista no cenário atual. Em tempos de alta rotatividade musical e tendências passageiras, a permanência de Fagner no gosto do público mostra que certas vozes não se apagam com o tempo. No palco de Fortaleza, ele não só canta — ele afirma, mais uma vez, quem ele é.

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Ceará

Negras raízes encerra ciclo com lançamento de livreto hoje (27)

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O projeto Negras Raízes: Ritmos e Danças Ancestrais finaliza suas atividades com o lançamento de uma publicação hoje, sexta-feira, 27 de junho, às 19h, no Centro Cultural Mestre Lula, sede da Associação Zumbi Capoeira (AZC), na Granja Lisboa, em Fortaleza. O acesso é gratuito e aberto ao público.

Entre janeiro e abril deste ano, o projeto promoveu ciclos formativos sobre linguagens tradicionais como Samba de Roda, Maculelê, Jongo e Coco, envolvendo artistas, capoeiristas e a comunidade do Grande Bom Jardim. As oficinas foram conduzidas em sua maioria por mulheres negras e guiadas por três eixos pedagógicos: historicidade, musicalidade e movimentos coreográficos.

O encerramento das oficinas aconteceu em 3 de maio, com a Terreirada Negras Raízes, um evento que reuniu apresentações culturais, entrega de certificados e uma feira empreendedora organizada por mulheres da comunidade. Agora, todo o material produzido — registros, relatos e imagens — será reunido em um livreto homônimo, disponível no evento de sexta.

Realizado com recursos do edital Rouanet nas Favelas, do Ministério da Cultura, o projeto teve o patrocínio do Instituto Cultural Vale e foi executado pela Associação Zumbi Capoeira. O lançamento marca não apenas o fim de um ciclo, mas o fortalecimento de uma memória ancestral viva e partilhada.

🟢 Serviço

Lançamento do livreto do projeto Negras Raízes: Ritmos e Danças Ancestrais

Dia 27 de junho, às 19h

Local: Centro Cultural Mestre Lula, sede da Associação Zumbi Capoeira – AZC
Rua Descartes Braga, 2860, Granja Lisboa

Gratuito

Mais informações: 85 99803 3585 / instagram @azc.capoeira / www.azc-capoeira.org

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