Ceará
Mochila suspeita mobiliza Esquadrão Antibombas no Fórum Clóvis Beviláqua
O Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza, precisou ser parcialmente isolado na manhã desta terça-feira (16), após a descoberta de uma mochila abandonada na calçada principal do prédio. A suspeita de que o objeto pudesse conter um artefato explosivo levou ao acionamento do Esquadrão Antibombas da Polícia Militar do Ceará, interrompendo a rotina de servidores, advogados e frequentadores que chegavam ao local para compromissos judiciais.
O alerta ocorreu por volta das 8h30, quando um colaborador do fórum percebeu a presença da mochila e notificou a segurança interna. A cena rapidamente chamou a atenção de quem estava nas proximidades, obrigando policiais a afastar as pessoas da entrada. O clima de apreensão se instalou na área, já que o prédio concentra diariamente grande fluxo de usuários da Justiça.
O Tribunal de Justiça do Ceará confirmou que o objeto apresentava características de um artefato artesanal. Diante da possibilidade de se tratar de uma bomba, equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) foram destacadas para avaliar a situação. Policiais fortemente equipados assumiram a linha de frente e iniciaram os procedimentos de contenção, enquanto viaturas reforçavam a segurança no entorno.
Durante a operação, câmeras de segurança do fórum e da região passaram a ser examinadas, em busca de pistas sobre a origem da mochila. O objetivo era identificar quem havia deixado o objeto no local e em quais circunstâncias. Embora a autoria ainda não tenha sido esclarecida, as imagens coletadas devem contribuir para o avanço da investigação.
O isolamento da área se estendeu por cerca de duas horas, tempo em que funcionários e advogados aguardavam orientações à distância. Mesmo sem registro de correria ou feridos, o movimento normal do prédio ficou comprometido, já que acessos foram bloqueados e parte do público precisou se dispersar. A tensão só diminuiu com a chegada das equipes especializadas, que confirmaram o recolhimento seguro do material.
Por volta das 10h30, a situação foi considerada controlada. O objeto foi removido e levado a um local adequado, onde foi destruído de forma preventiva. Esse procedimento é padrão em situações do tipo, já que a destruição controlada garante a eliminação completa de riscos, mesmo quando não há confirmação imediata de que o artefato é funcional.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social informou que todo o procedimento seguiu protocolos oficiais. O órgão destacou que não houve vítimas e reforçou que o material recolhido será submetido à perícia técnica. O resultado dos exames deverá esclarecer se havia potencial explosivo ou se a mochila representava apenas uma simulação de ameaça.
O Tribunal de Justiça do Ceará também se manifestou, ressaltando a atuação rápida de seus colaboradores e a importância da pronta resposta da Polícia Militar. O órgão assegurou que segue em contato com as forças de segurança e que as medidas adotadas foram essenciais para preservar a integridade de todos que estavam no prédio e nas imediações.
As investigações sobre o caso ficarão a cargo do 14º Distrito Policial, em Fortaleza. Os agentes devem ouvir testemunhas e cruzar informações com as imagens de monitoramento para identificar os responsáveis por abandonar o objeto. Dependendo do resultado da perícia, os autores poderão ser responsabilizados por crimes relacionados à ameaça e à segurança de prédios públicos.