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Dia do livro infantil – especial por regiões: Sudeste

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No Dia Nacional do Livro Infantil, celebrado em 18 de abril em homenagem ao nascimento de Monteiro Lobato, destacamos uma obra impactante da Região Sudeste: “A Lenda da Menina Má”, escrita pela mineira Luciana Aquino Capello Coelho. A obra, que será atração da Bienal Mineira do Livro 2025, é classificada como infantojuvenil e propõe uma reflexão profunda sobre os efeitos do bullying, tema que ganhou ainda mais força após a recente criminalização dessa prática no Código Penal brasileiro.

A história gira em torno de Séfora, uma menina que, marcada por rótulos e julgamentos, decide incorporar a imagem da maldade. Torna-se uma escritora que envia cartas ameaçadoras a diversos reinos. Mas tudo muda quando ela encontra uma biblioteca e, entre páginas e silêncios, descobre que há outra narrativa possível para si: a de uma menina boa, uma escritora talentosa e, sobretudo, uma leitora em busca de verdade.

A autora ressalta o poder das palavras para construir ou destruir, e apresenta a leitura como ferramenta de cura e empoderamento. “A leitura pode levar a lugares inimagináveis e apresentar novos mundos”, afirma Luciana, enfatizando o papel transformador da literatura.

Apresentada na seção de autores independentes da Bienal, “A Lenda da Menina Má” representa como a literatura infantil e infantojuvenil pode abordar temas delicados com sensibilidade e profundidade, contribuindo para a formação de leitores críticos e emocionalmente conscientes.

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Dia do livro infantil – especial por regiões: Norte

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Do Norte do Brasil surge uma das vozes mais promissoras da literatura infantil: Airton Souza, de Marabá (PA), vencedor de um concurso internacional com o livro A chuvinha que não queria molhar ninguém, uma obra que convida à reconexão com aquilo que é essencial — a natureza. Em páginas carregadas de afeto, o autor constrói uma história em que a cumplicidade entre o ser humano e o meio ambiente não é apenas pano de fundo, mas personagem viva.

A narrativa apresenta uma chuvinha sensível ao ritmo das pessoas, que tenta não atrapalhar o dia de ninguém. Com delicadeza e imaginação, Airton transforma esse gesto em metáfora, revelando que a natureza não está fora, distante ou silenciada — ela pulsa em cada gesto simples, em cada sensação que atravessa a infância.

Ao escrever, o autor costura imagens que despertam a escuta, o cuidado e a presença — valores que, tantas vezes, a pressa da vida adulta apaga. Sua vitória é mais que um prêmio: é o reconhecimento da força poética que nasce nas margens do Brasil e alcança o mundo.

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Dia do livro infantil – especial por regiões: Centro-oeste

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Se crescer já não é fácil, imagine crescer ouvindo que o seu cabelo é “ruim”. Foi com essa inquietação que a jornalista Neusa Baptista – Mato Grosso – escreveu Cabelo Ruim? – A história de três meninas aprendendo a se aceitar. Lançado pela editora Tanta Tinta, o livro nos conduz pela história de Tatá, Bia e Ritinha — três amigas que se reconhecem na dor, mas também na descoberta da beleza que sempre esteve ali.

A narrativa é leve, mas carrega peso: o das palavras que ferem, o dos olhares enviesados, o dos padrões que tentam moldar infâncias negras desde cedo. Mas o que poderia ser sobre dor, se transforma em força. E, talvez, mais do que transformar, a autora fortalece o que já estava ali: o direito de ser criança com orgulho da própria história.

A obra ganhou vida também fora das páginas. Foi distribuída em escolas de Mato Grosso através do Projeto Pixaim, da CUFA-MT, e virou peça de teatro. Porque histórias como essa precisam ecoar, ocupar espaços, formar repertório.

Na última matéria, falamos sobre Bilbo, o macaquinho, de Rosa Morena, uma obra que, com sensibilidade e leveza, aborda como o pequeno macaco enfrenta as mudanças inesperadas e aprende a se adaptar a novos caminhos. Agora, seguimos para o Centro-Oeste com uma obra que também explora os desafios da infância, mas com um foco na construção da autoestima e na força das amizades, mostrando como as crianças podem enfrentar as mudanças da vida com coragem e união.

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Dia do livro infantil – especial por regiões: Nordeste

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No nosso Nordeste, a literatura infantil é um espaço de resistência e reinvenção. Rosa Morena, escritora cearense de Itapipoca, exemplifica essa força criativa. Sua trajetória é marcada por uma arte que transborda em diversas formas — palavras, pincéis, sensibilidade. É no olhar das crianças que ela encontra seu ponto de partida mais puro.

Autora de Bilbo, o macaquinho, Rosa apresenta a história de um pequeno macaco que, após perder seu cipó preferido, se vê diante da necessidade de recomeçar. A obra, ilustrada por Ed Júnior, é delicada, divertida e cheia de movimento — e oferece às crianças uma metáfora sobre flexibilidade e superação. Bilbo aprende que os desafios não encerram caminhos: eles inauguram novos.

Escrito durante os meses mais incertos da pandemia, o livro carrega uma camada de resiliência. Rosa Morena, artista múltipla que também atua com pintura, poesia e projetos culturais, escreveu Bilbo como quem estende a mão para o futuro. O resultado é uma narrativa que não subestima a infância, mas a celebra como lugar de potência criativa, mesmo diante do inesperado.

Na matéria anterior, falamos de Cabelo de Estrelas de @anaabreuescritora , uma história onde a beleza da infância permanece viva mesmo em meio ao tratamento do câncer. Já em Bilbo, o macaquinho, Rosa Morena reforça, com leveza, a capacidade das crianças de seguir em frente e encontrar novas formas de viver quando algo muda. Em comum, os dois livros revelam que a literatura infantil pode ser esse solo fértil onde a esperança cresce — e onde a criança continua sendo ela mesma, com coragem, imaginação e encanto.

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