Ceará
Crise na saúde em Fortaleza: faltam remédios, faltam profissionais — O prefeito promete medidas
Com postos de saúde desabastecidos e o IJF operando com déficit de 350 técnicos de enfermagem, a Prefeitura de Fortaleza tenta reorganizar a saúde pública em meio ao caos. A principal medida anunciada é a abertura de uma seleção pública para escolha dos diretores das 134 unidades básicas da cidade. A promessa é de gestão técnica e fim das indicações políticas, numa tentativa de profissionalizar o setor.
No hospital de maior demanda da capital, o Instituto Dr. José Frota, a ausência de profissionais técnicos compromete a abertura de novos leitos e sobrecarrega os que já existem. Como resposta, a gestão municipal começou a realocar parte dos aprovados no concurso da extinta Fagifor, realizado em 2024. Um novo concurso público também está sendo estudado — mas ainda sem data ou garantias.
Enquanto isso, a população sofre com a ausência de medicamentos básicos nas farmácias dos postos, uma crise que já dura meses. A Prefeitura atribui o desabastecimento a dívidas herdadas, que somam R$ 36 milhões com fornecedores. Até agora, apenas R$ 17 milhões foram pagos. A promessa é de que o cenário comece a se normalizar em maio.
Mas diante de uma rede sobrecarregada, com profissionais em falta e prateleiras vazias, fica a dúvida: será que a saúde em Fortaleza resistirá a mais uma promessa?