Ceará
Com quase 80% dos votos, Antônio Carlos é eleito presidente do PT em Fortaleza
O Partido dos Trabalhadores (PT) de Fortaleza elegeu, neste domingo (6), Antônio Carlos como novo presidente do diretório municipal. A eleição ocorreu por meio do Processo de Eleição Direta (PED), com a participação de 8.633 filiados. Antônio Carlos obteve 6.088 votos, o equivalente a 77,9% dos votos válidos, garantindo um mandato de quatro anos à frente da legenda.
Além de Antônio Carlos, concorreram ao cargo Mari Lacerda, que recebeu 1.499 votos (19,2%), e Eudes Baima, com 219 votos (2,8%). A apuração foi concluída na manhã desta segunda-feira (7), e a vitória consolidou a aliança entre as correntes internas: Campo Popular e Campo Democrático. Essa união é formada por apoiadores do governador Elmano de Freitas, do ministro Camilo Santana e do deputado federal José Guimarães.
Antônio Carlos tem trajetória ligada ao partido e já exerceu mandato de deputado estadual entre 2011 e 2014. Também atuou como assessor da então prefeita Luizianne Lins e ocupou funções dentro do diretório municipal, como secretário-geral e ouvidor. Atualmente, é secretário-executivo de Articulação Política do Governo do Estado.
O novo presidente do PT em Fortaleza assume com o desafio de fortalecer o partido para as eleições municipais de 2026. Internamente, a direção será composta proporcionalmente conforme o desempenho das chapas, incluindo representantes de todas as correntes que participaram do processo eleitoral.
A candidatura de Antônio Carlos foi impulsionada pelo apoio das lideranças mais influentes do PT no Ceará. O resultado da eleição reforça o alinhamento entre o diretório municipal de Fortaleza e o grupo político que comanda o Executivo estadual, o que deve influenciar diretamente na definição de candidaturas futuras.
Mari Lacerda, vereadora e militante da Corrente de Esquerda, defendeu uma gestão mais próxima das bases sociais e movimentos populares. Já Eudes Baima, da corrente Diálogo e Ação Petista, apresentou propostas voltadas à periferia e à reestruturação partidária, mas obteve pouca adesão entre os filiados.
O PED é um processo interno tradicional do PT, com votação direta pelos filiados. Além da presidência municipal, o processo define também os membros da direção partidária, que terão a missão de organizar a legenda para os próximos embates políticos e eleitorais.