Crimes
Cadela desarma bomba e salva família
Uma cachorra chamada Manchis se tornou símbolo de coragem após evitar uma tragédia em Huaral, no Peru. No fim de agosto, um homem encapuzado lançou uma dinamite acesa no quintal da casa do jornalista Carlos Alberto Mesías Zárate. Ao perceber o perigo, o animal correu e mordeu o pavio em chamas, apagando-o antes que o artefato pudesse explodir. O gesto evitou um atentado contra toda a família.
Apesar de ter salvado vidas, Manchis sofreu consequências. A cadela, da raça cocker spaniel mix, teve queimaduras nas cordas vocais ao morder o pavio. Como resultado, perdeu a capacidade de latir. Dias após o ocorrido, os tutores notaram a alteração em sua voz e confirmaram o diagnóstico durante atendimento veterinário. Ela segue em recuperação sob cuidados médicos.
A polícia peruana informou que o explosivo usado era semelhante aos encontrados em minas terrestres, o que reforça a gravidade da situação. Um suspeito foi localizado e detido horas depois do ataque. As autoridades investigam a motivação do crime, que estaria ligada ao trabalho jornalístico de Mesías Zárate, tutor do animal. A família também solicitou proteção às autoridades.
O caso rapidamente repercutiu fora do país, ganhando destaque em veículos internacionais como New York Post, NBC News e NDTV. Nas redes sociais, Manchis passou a ser chamada de “Super Manchis”, recebendo homenagens pela bravura. O gesto heroico comoveu internautas e despertou campanhas de apoio ao animal.
Mesmo sem treinamento específico, Manchis demonstrou instinto protetor ao arriscar a própria vida para salvar sua família. Agora, além de se recuperar fisicamente, ela carrega o reconhecimento como símbolo de lealdade e coragem. O episódio reforça os riscos da atividade jornalística.
Ceará
Arrastão em casas de Quixeramobim causa pânico entre moradores
Criminosos realizaram um arrastão em várias comunidades do distrito de Uruquê, em Quixeramobim, na noite de quinta-feira (27). A ação envolveu invasões de residências e subtração de diversos objetos.
Imagens feitas após o crime mostraram parte do material roubado, que já foi recuperado pelas autoridades. Os itens foram encaminhados à Delegacia Regional para análise e registro dos procedimentos cabíveis.
Moradores relataram momentos de violência e intimidação durante o arrastão. Segundo relatos, os suspeitos entraram em diferentes propriedades, ameaçando famílias e causando sensação de pânico.
Em razão do clima de insegurança, algumas famílias deixaram temporariamente suas casas. Muitos buscaram abrigo na casa de parentes, temendo novas ações criminosas na região.
O caso reacende discussões sobre a vulnerabilidade da zona rural de Quixeramobim. Comunidades mais afastadas continuam enfrentando dificuldades relacionadas ao tempo de resposta policial e à presença reduzida de patrulhamento.
A ocorrência se soma a outros registros recentes no município, incluindo apreensões de armas, drogas e prisões por delitos diversos. Esses fatos reforçam que a criminalidade no interior permanece como desafio constante.
A Polícia Civil informou que está investigando as circunstâncias do arrastão, assim como a identificação dos envolvidos. Equipes seguem analisando imagens e depoimentos para avançar no inquérito.
As autoridades municipais e estaduais ainda não anunciaram novas medidas específicas para a região de Uruquê. Enquanto isso, moradores cobram ações que tragam maior sensação de segurança às comunidades afetadas.
Crimes
PF deflagra operação contra uso de drones para ingresso de ilícitos em presídios
Mandados são cumpridos para desarticular organização criminosa no Ceará.
Fortaleza/CE. A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) no Ceará deflagrou, na manhã desta quarta-feira (19/11), a Operação *Escudo Aéreo*, com o objetivo de desarticular um esquema criminoso que utilizava drones para introduzir aparelhos celulares, drogas e outros materiais ilícitos em unidades prisionais do Estado.
Foram cumpridos **04 mandados de prisão** e **07 mandados de busca e apreensão**, expedidos pela Vara de Delitos de Organização Criminosa da Justiça Estadual.
A investigação apura a atuação de uma organização criminosa responsável pelo uso de veículos aéreos não tripulados (drones) para facilitar a comunicação externa de facções, permitindo a articulação e determinação de crimes fora do sistema prisional.
Mais de 50 policiais das forças que compõem a FICCO participaram da operação, com apoio relevante da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP).
A FICCO/CE é composta por integrantes da Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal, Receita Federal e Polícia Rodoviária Federal, atuando de forma integrada no enfrentamento ao crime organizado.
Brasil
PF INVESTIGA FRAUDE DE R$ 12 BILHÕES NO BANCO MASTER
A Polícia Federal deflagrou uma operação para apurar um suposto esquema de fraude financeira envolvendo o Banco Master, cujo prejuízo pode chegar a R$ 12 bilhões. A investigação aponta para a emissão irregular de títulos de crédito e movimentações consideradas atípicas, o que teria causado um rombo significativo na instituição.
A polícia federal prendeu na segunda-feira (17) Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, no aeroporto de Guarulhos. Ele estava tentando fugir em um avião particular para Malta, país na Europa.
Durante as buscas, agentes da PF apreenderam R$ 1,6 milhão em espécie na casa de um dos investigados. As autoridades também cumpriram mandados de prisão contra executivos do banco, incluindo o proprietário da instituição. A operação busca identificar a extensão das irregularidades e recuperar valores desviados.
O Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Master após identificar fragilidades graves na condução das atividades financeiras. A medida tem como objetivo preservar o sistema financeiro e permitir que um interventor analise as contas, contratos e a real dimensão das perdas.
De acordo com a PF, o esquema se baseava na criação e negociação de títulos sem lastro, prática que teria se repetido por anos. A suspeita é de que o dinheiro movimentado abastecia empresas do mesmo grupo econômico, aprofundando o prejuízo e mascarando a real situação financeira do banco.
A investigação também levanta dúvidas sobre a atuação de sócios e gestores que tinham acesso direto às operações internas. Os agentes afirmam que há indícios de fraude estruturada, com participação ativa da alta direção e uso de empresas paralelas para ocultar recursos.
A PF reforça que a operação faz parte de uma estratégia mais ampla de combate a crimes contra o sistema financeiro, com foco na descapitalização de grupos que utilizam estruturas bancárias para praticar golpes. Segundo os investigadores, novas fases da operação não estão descartadas.
O Banco Central deverá apresentar relatórios detalhados sobre a situação do Master nas próximas semanas, enquanto a PF segue analisando documentos, contratos e fluxos financeiros. O desfecho do caso dependerá da conclusão das perícias, do rastreio dos valores e da responsabilização civil e criminal dos envolvidos.
