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Anvisa libera uso do Mounjaro como tratamento para obesidade

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A Anvisa aprovou nesta segunda-feira (9) o uso do Mounjaro no Brasil como tratamento para obesidade e sobrepeso. O medicamento, originalmente usado no controle do diabetes tipo 2, agora pode ser receitado a adultos com IMC acima de 30, ou acima de 27 se houver doenças associadas, como hipertensão e colesterol alto. A decisão foi publicada no Diário Oficial e marca uma nova fase na corrida pelos remédios injetáveis que prometem perda de peso sem cirurgia.

Com aplicação semanal via caneta, o Mounjaro atua em dois hormônios — GLP-1 e GIP — e tem se mostrado mais eficaz que o Ozempic e o Wegovy, concorrentes da mesma classe. Em estudos clínicos, a versão de 15mg levou pacientes a perderem até 22,5% do peso corporal. Isso significa que alguém com 80kg pode emagrecer 18kg em pouco mais de um ano.

Atualmente, o produto já está disponível em farmácias brasileiras nas doses de 2,5mg e 5mg, com preços que variam entre R$ 1.400 e R$ 2.300 por caneta. A fabricante, no entanto, oferece um programa de descontos chamado “Lilly Melhor Para Você”, que reduz os valores e facilita o acesso à medicação.

A Anvisa alerta que o Mounjaro não é indicado para uso estético e que seu uso exige acompanhamento médico rigoroso, aliado a mudanças reais no estilo de vida. Náuseas, desconfortos gastrointestinais e hipoglicemia são efeitos colaterais comuns.

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Brasil

Setores metalúrgico e pesqueiro lideram exportações do Ceará aos EUA e podem ser os mais atingidos por tarifa de Trump

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O Ceará exportou cerca de R$ 3 bilhões para os Estados Unidos entre janeiro e maio de 2025, consolidando o país como principal destino das vendas internacionais do estado. Os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) mostram que dois setores concentram a maior parte dos embarques: a indústria metalúrgica e a cadeia pesqueira. Uma nova tarifa de 50%, anunciada por Donald Trump e com previsão de entrada em vigor em agosto, pode afetar diretamente esses segmentos.

Os produtos semimanufaturados de outras ligas de aço lideram a pauta exportadora, somando R$ 1,3 bilhão em valor e 341 mil toneladas embarcadas. Em seguida, vêm outros produtos de ferro ou aços não ligados, que movimentaram R$ 1 bilhão e 336 mil toneladas. Juntos, esses dois grupos respondem por mais de 75% de tudo que o Ceará exportou para os EUA no período. Com a nova tarifa, o aumento de custo para o comprador americano pode inviabilizar contratos e diminuir drasticamente a demanda.

O terceiro item mais exportado foi peixe, com R$ 90 milhões em vendas e 1,6 mil toneladas. O setor pesqueiro e a carcinicultura (cultivo de camarões), bastante ativos no litoral cearense, são altamente dependentes do mercado americano. Como produtos perecíveis, peixes e camarões têm pouca margem para redirecionamento rápido a outros destinos, o que agrava a vulnerabilidade do setor frente a medidas comerciais abruptas.

Outros produtos também presentes na pauta, embora em menor escala, incluem sucos (R$ 83 milhões), ceras vegetais (R$ 62 milhões), castanha de caju (R$ 60 milhões) e calçados de borracha ou plástico, com apenas R$ 1 milhão exportado. Esses segmentos podem sofrer menos com a nova tarifa, tanto pelo volume menor, quanto pela maior flexibilidade logística ou por já operarem em mercados diversos.

A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) acompanha com preocupação os desdobramentos. A entidade já iniciou articulações com o governo federal e com empresas exportadoras para buscar alternativas. A principal estratégia em discussão é a diversificação de mercados, com foco na União Europeia, países asiáticos e Oriente Médio — regiões que já mantêm relações comerciais com o Ceará, mas ainda com menor participação.

O governo brasileiro também monitora o caso e aguarda a publicação oficial da lista de produtos tarifados. O Itamaraty não descarta acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC), mas a prioridade, segundo integrantes da equipe econômica, é buscar uma solução diplomática antes de adotar medidas retaliatórias. Entidades do setor privado, como a Abag e a CNI, reforçaram esse apelo.

Para o economista Ricardo Viana, o impacto é grave não apenas pelo valor das exportações, mas pela dependência setorial que o Ceará desenvolveu em relação ao mercado norte-americano. “É um risco de concentração. O estado precisa proteger suas cadeias produtivas e investir em acordos bilaterais próprios”, alerta. Ele destaca que as perdas podem afetar emprego e arrecadação em regiões como o entorno do Porto do Pecém e o litoral oeste.

Enquanto isso, empresas cearenses começam a revisar contratos, adiar embarques futuros e acelerar estudos logísticos para ampliar a atuação em outros continentes. Com a tarifa prevista para agosto, o tempo é curto para adaptação. Analistas preveem queda significativa nos embarques cearenses aos EUA no segundo semestre de 2025, caso a tarifa seja mantida.

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Júnior Mano nega envolvimento direto em esquema de desvio de emendas e diz confiar na Justiça

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A Polícia Federal investiga um suposto esquema de desvio de recursos públicos envolvendo o deputado federal cearense Júnior Mano. Conforme a Operação Underhand, o parlamentar teria liderado uma organização criminosa que cobrava entre 12% e 15% sobre emendas parlamentares liberadas para prefeituras — o chamado “pedágio”.

A operação foi deflagrada no dia 8 de julho e cumpriu 15 mandados de busca e apreensão em cidades do Ceará e no Distrito Federal. A ação contou com autorização do Supremo Tribunal Federal, que também determinou o bloqueio de R$ 54,6 milhões em contas dos investigados para garantir eventual ressarcimento aos cofres públicos.

De acordo com a investigação, Júnior Mano atuava como operador ativo do esquema, articulando a escolha dos municípios beneficiados com emendas, a liberação dos recursos e a cobrança dos percentuais desviados. As mensagens interceptadas mostram que ele mantinha contato direto com prefeitos, assessores e empresários envolvidos.

O prefeito de Choró, Bebeto Queiroz, apontado como um dos articuladores do esquema, está foragido. Em conversas obtidas pela Polícia Federal, ele e um assessor de Júnior Mano tratam sobre o repasse de 12% dos valores enviados às prefeituras. A ex-prefeita de Canindé também relatou que foi procurada para devolver 15% dos recursos recebidos via emenda.

As investigações apontam que parte do dinheiro era repassada por meio de empresas de fachada, contratadas para simular prestação de serviços. Entre 2023 e 2025, essas empresas movimentaram aproximadamente R$ 455 milhões, sendo cerca de R$ 92 milhões em recursos federais destinados por emendas parlamentares.

A estrutura criminosa envolvia ainda operadores financeiros e empresas com contratos firmados por meio da Caixa Econômica Federal. Os repasses, segundo os investigadores, eram condicionados à devolução de parte dos valores, o que caracteriza desvio de finalidade no uso das verbas públicas.

Em nota, Júnior Mano afirmou que não participa diretamente de licitações, contratos ou fiscalizações municipais, limitando seu papel à destinação de emendas. Ele declarou confiar nas instituições e aguardar que a verdade dos fatos prevaleça.

Além do crime de organização criminosa, os investigados podem responder por corrupção, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e captação ilícita de recursos eleitorais. A Polícia Federal também apura se parte dos valores foi usada para financiar campanhas e comprar apoio político.

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Brasil

Turista estrangeiro cai em golpe de R$ 3 mil ao comprar caipirinha em Copacabana

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Um ambulante foi preso em flagrante no último sábado (21) após aplicar um golpe de R$ 3 mil em um turista estrangeiro na orla de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro. O homem vendia caipirinhas de forma irregular quando induziu a vítima a realizar múltiplas tentativas de pagamento com cartão. A cada “falha” simulada na maquininha, um novo valor era descontado. O turista só percebeu o prejuízo mais tarde, ao checar o extrato.

Segundo a Polícia Civil, o autor do golpe foi identificado como Júlio César de Almeida Barreto. Ele foi detido por agentes da 12ª DP (Copacabana), mas estava acompanhado de um comparsa, que conseguiu fugir. O segundo suspeito já foi identificado, mas segue foragido. A dupla teria se aproveitado do movimento intenso na praia e da distração da vítima para concluir as transações sem levantar suspeitas imediatas.

O golpe escancarou, mais uma vez, a fragilidade da fiscalização nas praias cariocas. A venda de bebidas alcoólicas por ambulantes irregulares não é novidade em Copacabana, mas a ousadia no valor cobrado chamou atenção. O turista pagou o equivalente a um jantar de luxo por uma única caipirinha vendida sem autorização sanitária ou comercial. A cena, infelizmente, não é isolada — turistas seguem sendo alvos fáceis em um dos principais cartões-postais do país.

A prisão preventiva do ambulante já foi decretada. Ele deve responder por furto qualificado mediante fraude, crime que pode resultar em pena de até oito anos de prisão. A polícia agora investiga se há outros envolvidos em esquema semelhante atuando na região. A suspeita é que esses golpes sejam articulados entre pequenos grupos que operam informalmente e se aproveitam da alta temporada para lucrar com crimes silenciosos.

O caso gerou indignação entre moradores e comerciantes regulares, que cobram medidas mais rígidas para coibir a ação de estelionatários nas praias. Para eles, a falta de fiscalização afeta tanto a imagem da cidade quanto a segurança dos próprios trabalhadores honestos. Já para turistas, o episódio serve de alerta: nem tudo o que parece inofensivo à beira-mar vem sem armadilha.

A Delegacia de Copacabana segue com as investigações e reforçou o pedido para que vítimas de casos semelhantes compareçam à unidade policial. A prática de fraudes com maquininhas de cartão tem sido recorrente em pontos turísticos do Rio, principalmente durante fins de semana e feriados. Enquanto isso, o golpe da caipirinha deixa mais uma marca na reputação de uma cidade que deveria brindar visitantes com hospitalidade — e não com prejuízo.

 

 

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