PSB formaliza indicação de Alckmin como vice em chapa de Lula

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O Partido Socialista Brasileiro (PSB) formalizou nesta sexta-feira, 8, a indicação de Geraldo Alckmin como vice para a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República nas eleições deste ano.

Tanto Alckmin como Lula estiveram no encontro e selaram a indicação posando para fotos de mãos dadas, juntos dos presidentes do PSB e do Partido dos Trabalhadores (PT), Carlos Siqueira e Gleisi Hoffmann, respectivamente.

Antes da formalização da chapa, no entanto, o nome de Alckmin para a chapa de Lula deve passar por aprovação do diretório nacional do PT. A previsão é que isso aconteça ainda no mês de abril.

“É com honra e entusiasmo que nos colocamos à disposição”, afirmou Alckmin no evento. “Quero agradecer a confiança e a honra da indicação do nosso nome. É hora de generosidade. Vamos somar esforços para a reconstrução do nosso país, para redemocratizar o nosso país, contra um governo que atenta contra a democracia e atenta contra as instituições.”

No evento em São Paulo, o petista celebrou a união de partidos “com projetos diferentes em um momento de necessidade do povo” e pediu para que o ex-governador não o chame de ex-presidente. “Você me chama de companheiro Lula e eu chamo você de companheiro Alckmin.”

Os dirigentes dos dois partidos também aproveitaram a oportunidade para debater alianças estaduais. Ainda há pendências entre as legendas em São Paulo, Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Ex-adversários

Lula e Alckmin foram adversários na eleição presidencial de 2006, então com o ex-governador paulista representando o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Na época, em lados opostos, os concorrentes trocaram duros comentários, que já vêm sendo recuperados por rivais do pleito deste ano para expor a surpresa a respeito da parceria.

Na última terça, Lula usou as redes sociais para comentar o provável elo com Alckmin nas eleições deste ano, argumentando que ambos não são os mesmos políticos de 2006.

“Eu mudei, o Alckmin mudou e o Brasil mudou. Eu fui adversário do Alckmin, não inimigo. Feliz era o Brasil que tinha disputa entre dois partidos democráticos, porque existia debate civilizado, sobre programa de governo”, comentou o ex-presidente no Twitter.

A união entre Lula e Alckmin é considerado um movimento do petista para alcançar uma parcela da sociedade teoricamente resistente a seu nome. No entanto, em frentes mais radicais dos partidos de esquerda, a adição do ex-tucano foi recebida de forma crítica.

Alckmin se filiou ao PSB em 23 de março, depois de décadas de atividade política dentro do PSDB, partido em que conseguiu ser governador de São Paulo.

Aliança com o inimigo

Com as bênçãos do PSB, Alckim agora aguarda a oficialização da candidatura a vice-presidente na chapa encabeçada por Lula. Em artigo publicado na Edição 106 da Revista Oeste, o jornalista Augusto Nunes analisa a trajetória do ex-tucano e o que está em jogo nessa aliança política.

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