Em Fortaleza, as avenidas Fernandes Távora, José Bastos, Dom Luís e Desembargador Moreira receberão, em breve, terão piso em concreto nas paradas de ônibus. Essas obras, de requalificação viária, serão executadas pela Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinf). Novo pavimento objetiva minimizar o impacto durante as frenagens e arrancadas dos veículos pesados. O asfalto comum não suportar essa carga.
Conforme informações da Seinf, o modelo é semelhante ao implantado na nova Avenida Aguanambi, que recebeu o piso de concreto ao longo de toda a faixa exclusiva para ônibus. Os terminais de ônibus do Antônio Bezerra e Messejana recém-reformados, também, possuem piso em concreto em todas as plataformas e pista.
A secretária da Seinf, Manuela Nogueira, avisa que há uma diferença importante entre a colocação do concreto em rodovias de maior fluxo e vias urbanas. Por elas passam as redes de água, esgoto e drenagem subterrâneas. “Fica complicado implantar um piso 100% rígido porque geraria um conflito com a manutenção dessas estruturas enterradas”, sentencia.
Segundo Manuela Nogueira, no meio urbano se utiliza mais o piso asfáltico, ainda que exija manutenção mais constante. O concreto, por outro lado, tem vida útil de 15 a 20 anos, dependendo da utilização dele. “Se tiver muito caminhão pesado, a durabilidade vai ser menor. Se for vicinal, mais de carros mesmo, a manutenção é estendida”, explica.
No momento, em Fortalerza, só existe uma via completamente pavimentada com piso de concreto: a Avenida Dioguinho, na Praia do Futuro. É, também, a única rota de passagem e escoamento de caminhões que chegam e saem do Porto do Mucuripe. Por esse motivo, Manuela Nogueira diz que essa via tem que ser reforçada.
O interior dos túneis das avenidas Engenheiro Santana Júnior, Padre Antônio Tomás, Via Expressa (longitudinal) e Santos Dumont são outros equipamentos com esse material. Está prevista, também, a implantação de piso em concreto, em parte da pista, do túnel da Avenida Alberto Sá, no Papicu.