A Fecomércio Ceará afirmou que a implementação do passaporte vacinal em bares, restaurantes e eventos pode gerar prejuízos financeiros às empresas. O documento foi instituído pelo Governo do Estado e passou a valer na segunda, 16, e determina que as pessoas deverão comprovar o esquema vacinal com duas aplicações ou dose única para entrar nos locais.
“Além das dificuldades na aplicabilidade das exigências do decreto no cotidiano, barrar o acesso aos estabelecimentos, exigindo o passaporte sanitário, irá gerar constrangimento e sentimento de discriminação”, destacou a entidade.
“Para os empresários dos estabelecimentos citados no Decreto, obrigar funcionários e colaboradores a apresentarem o passaporte sanitário, com risco de demissão, é uma atitude que fere os princípios constitucionais, além de interferir na gestão, podendo causar danos econômicos aos trabalhadores e aos empregadores”, complementa.
A Fecomércio ainda ressaltou que apoia campanhas educativas e de conscientização em prol da vacinação.
“Dessa forma, buscará o diálogo com o Executivo Estadual com o objetivo de contribuir com a revisão das medidas descritas no Decreto. “Que o bom senso, a proteção da liberdade e dos direitos individuais sejam preservados, pois também são essenciais à vida”, finaliza a entidade.
Decreto
Na última sexta-feira, 12, o governador Camilo Santana havia informado sobre a obrigatoriedade do documento para conter o avanço da COVID.
“Mais uma vez eu faço um apelo à maioria das pessoas que estão sendo contaminadas com o vírus, pois a situação continua, mesmo com a baixa transmissão. Elas não foram vacinadas ou não tiveram o ciclo de vacinação completo (duas doses). Quando a pessoa não se vacina, compromete a própria saúde e a saúde de colegas de trabalho, amigos e da própria família”, disse o gestor.