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Internacional

Irã acusa Israel de crime de guerra; Israel nega e critica postura de Irã na ONU

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Durante sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, o Irã acusou Israel de cometer crimes de guerra por ataques considerados não provocados em território iraniano. O discurso foi feito pelo vice-ministro das Relações Exteriores, Abbas Araqchi, que relatou bombardeios israelenses contra instalações civis e militares nos últimos dias. Segundo ele, os alvos incluíram hospitais, residências, prédios do governo e até centros de pesquisa nuclear.

A denúncia foi feita diante de representantes de dezenas de países e veio acompanhada de um apelo por responsabilização internacional. Araqchi afirmou que mais de 600 pessoas morreram desde o início dos ataques, em 13 de junho, entre civis, militares e trabalhadores do setor público. Ele classificou as ações israelenses como “terrorismo de Estado” e “uma traição à diplomacia”, afirmando ainda que os bombardeios colocam em risco a segurança ambiental e radiológica da região.

Israel, por sua vez, rejeitou com veemência as acusações. O embaixador israelense na ONU, Meirav Eilon Shahar, acusou o Irã de usar o Conselho como palanque político e afirmou que o regime iraniano não tem credibilidade para falar em direitos humanos. Segundo ele, as declarações de Teerã servem apenas para desviar a atenção das ações iranianas que, segundo Israel, incluem o financiamento de grupos armados e o desenvolvimento de armas nucleares em segredo.

As trocas de acusações acontecem em um momento de crescente tensão no Oriente Médio. Nas últimas semanas, diversos ataques aéreos e explosões foram registrados no Irã, muitos atribuídos a ações de inteligência israelense, embora o governo de Israel nem sempre assuma responsabilidade direta. Os episódios elevaram o alerta internacional sobre a possibilidade de um confronto mais amplo entre os dois países.

Além do impacto diplomático, a crise interfere diretamente nas negociações sobre o programa nuclear iraniano, que voltaram à mesa com mediadores internacionais. Para Teerã, os ataques israelenses enfraquecem os esforços por uma solução pacífica. Já para aliados de Israel, a pressão militar é uma resposta legítima a ameaças persistentes vindas do regime iraniano, especialmente por meio de grupos aliados em países vizinhos.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, demonstrou preocupação com a escalada do conflito e pediu contenção. Em nota, declarou que a guerra “pode sair do controle” e que é essencial restaurar o diálogo diplomático. A situação segue sendo acompanhada de perto por organismos internacionais, que avaliam se os ataques violam tratados e convenções em vigor sobre o uso da força e a proteção de civis em zonas de conflito.

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Irã responde a ataque de Israel com mísseis

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O conflito entre Israel e Irã atingiu um novo grau de gravidade nesta sexta-feira (13), quando o Irã respondeu a uma ofensiva militar israelense lançando dezenas de mísseis e drones contra território israelense. A retaliação veio menos de 24 horas após Israel bombardear mais de 100 alvos no Irã, incluindo instalações nucleares e residências de autoridades militares, em um ataque surpresa que matou figuras-chave do regime iraniano.

O sistema de defesa israelense conseguiu interceptar a maior parte dos projéteis, mas houve registros de feridos leves e sirenes de emergência em Tel Aviv, Jerusalém e outras cidades. O governo de Israel classificou a reação como “ato de guerra”, embora tenha sido o primeiro a atacar. A operação israelense, batizada de “Leão em Ascensão”, eliminou o comandante da Guarda Revolucionária e o chefe do Estado-Maior iraniano, além de cientistas ligados ao programa nuclear.

Diante da devastação causada, o aiatolá Ali Khamenei prometeu uma “resposta severa” e declarou que a soberania do Irã foi violada de forma inaceitável. Protestos contra Israel tomaram as ruas iranianas, enquanto autoridades alertaram que novas ações de retaliação estão sendo preparadas. A retaliação com mísseis marca um ponto de ruptura que pode comprometer a estabilidade de toda a região.

Líderes mundiais reagiram com preocupação. França, Reino Unido e Estados Unidos pediram contenção, enquanto o Conselho de Segurança da ONU foi convocado para uma reunião emergencial. Com os ânimos exaltados e as hostilidades declaradas, cresce o temor de que o confronto bilateral se transforme em uma guerra regional.

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“Somos mais fortes nos momentos difíceis”, diz Biden após diagnóstico de câncer agressivo

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Joe Biden, 82 anos, ex-presidente dos Estados Unidos, que deixou a Casa Branca em 2024, revelou neste domingo (18) que enfrenta uma forma agressiva de câncer de próstata, já com metástase óssea.

O diagnóstico foi feito após exames que detectaram um nódulo na próstata. A avaliação médica classificou o caso com escore Gleason 9 — o grau mais alto de agressividade. Apesar disso, há esperança: o câncer é sensível a hormônios, o que possibilita tratamentos como radioterapia, terapia hormonal e, eventualmente, cirurgia.

Nesta segunda-feira (19), Biden falou pela primeira vez sobre a doença. Ao lado da esposa, Jill, e de seu gato, publicou nas redes sociais:

“O câncer afeta a todos. Como muitos de vocês, Jill e eu aprendemos que somos mais fortes nos momentos difíceis. Obrigado por nos ajudar com amor e apoio.”

A declaração comoveu apoiadores e opositores. Entre as mensagens de solidariedade estão as do atual presidente Donald Trump, da ex-vice Kamala Harris e do ex-presidente Barack Obama, que expressou confiança na força de Biden para enfrentar mais essa batalh

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Internacional

Príncipe Harry se torna oficialmente morador dos EUA; ele já vive na califórnia há cerca de 4 anos

Apesar do anúncio, o casal se mudou para o sul da Califórnia há cerca de quatro anos.

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O príncipe britânico Harry e Meghan — Foto: REUTERS/Andrew Kelly/Foto de arquivo

O príncipe Harry, filho do rei Charles III e quinto na linha de sucessão ao trono britânico, e sua esposa, Meghan, passaram a morar oficialmente nos Estados Unidos. A informação foi confirmada pela empresa de viagens Travalyst Ldt, cujo casal é dono de 75% do negócio.

A documentação informando o novo local de moradia foi recebida pela Companies House, agência governamental que supervisiona a constituição de empresas do Reino Unido, na última segunda-feira (15).

Apesar do anúncio, o casal se mudou para o sul da Califórnia há cerca de quatro anos.

O anúncio oficial sublinha o afastamento de Harry da família real. O príncipe passou os últimos tempos criticando seus familiares, afirmando que são racistas, por exemplo. Seus depoimentos estão na série autobiográfica.

Desde então, Harry criticou repetidamente a família real, incluindo alegações de racismo inconsciente que foram incluídas em uma série da Netflix e na autobiografia do príncipe, “Spare”.

Embora Harry continue formalmente como conselheiro de Estado, a coroa informou ao Parlamento em 2022 que “na prática” apenas os membros trabalhadores da família real seriam chamados para substituir o monarca.

Na contramão do anúncio, uma fundação chamada Heritage Foundation, conhecida por ser composta de integrantes conservadores, questionou a decisão do Departamento de Segurança de dar um visto para Harry, após ele comentar na série da Netflix sobre o uso de drogas.

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