Brasil
Justiça condena humorista Léo Lins a mais de 8 anos por discurso de ódio

O humorista Léo Lins foi condenado a oito anos e três meses de prisão em regime fechado após fazer piadas ofensivas em seu show “Perturbador”, apresentado em 2022. Além da prisão, ele também deverá pagar multa de R$ 1,4 milhão e indenização de R$ 303,6 mil por danos morais coletivos. O conteúdo, divulgado em seu canal no YouTube, foi considerado discriminatório contra diversos grupos sociais.
A sentença, proferida pela 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo, apontou que as falas ultrapassaram os limites da liberdade artística e configuraram discurso de ódio. As piadas atingiram negros, obesos, indígenas, nordestinos, judeus, homossexuais, evangélicos, pessoas com HIV, com deficiência e idosos. A Justiça entendeu que a forma como os temas foram tratados reforça estigmas e promove intolerância.
O termo “racismo recreativo” foi central na condenação. O conceito, elaborado pelo jurista Adilson Moreira, descreve práticas que naturalizam o preconceito disfarçado de humor. Segundo a interpretação judicial, o show serviu como veículo de humilhação pública sob o pretexto de comédia. Para o Ministério Público, o alcance do conteúdo nas redes agrava ainda mais o impacto social das ofensas.
A defesa de Léo Lins afirmou que irá recorrer, classificando a pena como uma tentativa de “criminalizar o humor” e alegando desproporcionalidade.
Brasil
Grupo é denunciado por planejar morte de auditor da Receita Federal no Ceará

Um esquema criminoso que atuava em fraudes no comércio exterior foi alvo de uma denúncia grave do Ministério Público Federal (MPF): o grupo teria planejado assassinar um auditor-fiscal da Receita Federal no Ceará. A motivação? As ações do servidor estavam atrapalhando as operações ilegais da organização, que envolviam subfaturamento de mercadorias, uso de empresas de fachada e falsificações em processos de importação.
De acordo com o MPF, a quadrilha era bem estruturada e dividida em três núcleos: comando, intermediação e apoio logístico. Cada membro tinha funções definidas, e o grupo chegou a adotar estratégias para tentar desacreditar e pressionar o auditor. Entre elas, ameaças de morte, inclusive aos familiares do servidor, envio de mensagens com chip eletrônico, depósitos em dinheiro em sua conta para simular propina e a criação de fake news com o objetivo de manchar sua reputação profissional.
O caso é considerado gravíssimo pelas autoridades, pois atinge diretamente a integridade de servidores públicos que atuam no combate à corrupção e aos crimes econômicos. A denúncia foi encaminhada à 11ª Vara Criminal da Justiça Federal no Ceará, e os envolvidos podem responder por uma série de crimes, como organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade documental, ameaça e perseguição.
O nome do auditor não foi divulgado por questões de segurança, mas ele segue sob proteção das autoridades. O MPF reforça que a atuação firme de servidores públicos não pode ser intimidada por práticas mafiosas e destaca a importância da responsabilização dos envolvidos.
Brasil
Entre versões e polêmicas, um fato se impõe: Carla Zambelli está presa

A ex-deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi presa nesta terça-feira (29) em Roma, na Itália, após ser localizada por autoridades locais. Condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a mais de 10 anos de prisão por envolvimento com hackers e divulgação de informações falsas, ela havia deixado o Brasil em junho e estava incluída na lista vermelha de procurados da Interpol.
A prisão ocorreu após o deputado italiano Angelo Bonelli, do partido Europa Verde, afirmar publicamente que sabia o paradeiro de Zambelli. Segundo ele, a ex-parlamentar estava escondida em um apartamento na capital italiana. Bonelli disse ter entregado o endereço às autoridades italianas, que iniciaram a operação para localizá-la.
O Ministério da Justiça brasileiro confirmou a prisão e informou que o caso é resultado da cooperação internacional entre a Interpol, o governo da Itália e as autoridades brasileiras. Ainda segundo a pasta, o processo de extradição já foi iniciado, e o Brasil enviou as garantias legais exigidas pelo governo italiano para que ela cumpra pena no país de origem, mas a decisão cabe ao governo italiano.
Carla Zambelli foi condenada por crimes de invasão de dispositivo informático, associação criminosa e falsidade ideológica, após envolvimento na divulgação de conteúdos obtidos por hackers contra integrantes do Judiciário. A condenação também determinou a perda do mandato e dos direitos políticos.
Aliados de Zambelli afirmam que ela não foi capturada, mas teria se apresentado espontaneamente à Justiça italiana. O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante, afirmou que a ex-parlamentar solicitou asilo político e pediu para não ser extraditada, alegando perseguição política no Brasil.
O governo brasileiro, no entanto, considera que não há qualquer fundamento para a concessão de asilo, já que a condenação foi definida após amplo direito de defesa e trâmite legal no Supremo Tribunal Federal. A expectativa é de que a Justiça italiana analise o pedido de extradição nos próximos dias.
Zambelli possui cidadania italiana, mas isso não impede, por si só, o cumprimento de mandado de prisão internacional. A legislação da Itália prevê análise judicial do pedido de extradição, especialmente em casos envolvendo cidadãos italianos, o que pode prolongar a permanência da ex-deputada em solo europeu.
Brasil
Após confirmação da causa da morte, corpo de bebê é velado, vítima de triplo homicídio, é velado.

Foi velado e sepultado nesta segunda-feira (29), em Esteio (RS), o corpo do bebê Miguel, de apenas dois meses, vítima do triplo homicídio que chocou o estado na última semana. O menino só pôde ser liberado pelo Instituto-Geral de Perícias após a conclusão do laudo que confirmou: ele morreu por traumatismo craniano. Ou seja, não foi enterrado com vida, como chegou a ser cogitado nos primeiros dias da investigação.
Miguel foi assassinado junto com a mãe, Kauany Martins Kosmalski, de 18 anos, e um amigo dela, Ariel Silva da Rosa, de 16. Os três desapareceram no dia 20 de julho e tiveram os corpos encontrados dois dias depois, enterrados às margens do Rio dos Sinos. O local foi indicado por Jocemar Antunes de Almeida, de 46 anos.
Jocemar, que atuava como pai de santo em um terreiro de umbanda, é apontado como o autor dos homicídios. Segundo a Polícia Civil, ele mantinha uma relação extraconjugal com Kauany, com quem teve o bebê. A motivação seria o medo de ter a traição e a paternidade expostas, o que abalaria sua reputação na comunidade religiosa.
Com o laudo pericial encerrado, o corpo do bebê foi o último a ser liberado para a família. A despedida foi marcada por comoção e revolta. Os corpos de Kauany e Ariel já haviam sido sepultados na semana passada. Belísia da Silva, esposa de Jocemar confessou envolvimento no crime, ambos estão presos preventivamente e devem responder por triplo homicídio triplamente qualificado. Dois adolescentes também foram detidos por participação na ocultação dos corpos.
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